Jovens deixam conforto de suas casas para ajudar quem precisa

Voluntários do Amor que move as ruas entregam sopa, cobertores e conversam com quem dorme nas ruas do centro de Belém
 

Noite de Terça-feira (29), 5 carros chegam em comboio nas proximidades da praça waldemar Henrique. Dezenas de pessoas, que estavam nas calçadas rapidamente formam um longa fila. É a chegada do Amor que move as ruas, mais de 20 jovens , com idade entre 15 e 30 anos, trazem sopa, cobertores e o amor para os moradores de rua. A Equipe toda terca-feira intercala entre visitar pacientes no Hospital Ophir Loyola e levar sopa para quem vive em situacao de rua no centro de Belém. O Objetivo do grupo é romper o conforto dos templos evangélicos, ir pra rua e levar mais que cobertas e sopa, como diz Jéssica Arnour, integrante do grupo. “A Sopa é coadjuvante, queremos levar o amor de cristo, conta.

Dona Jurema, moradora do bairro do Tapanã, passava pelo centro no momento da ação, elogiou o trabalho desenvolvido e a participação do Teatro Águia. Para ela, a peça apresentada demonstra a realidade que acontece na rua. “Lamento que a peça tenha sido tão pequena, mas isso é a realidade, muito bom, na minha família já vi algo parecido com isso”, contou. A encenação que Jurema comenta é a peca sobre drogas em que a atriz, Quéren Sarah, vive a história de um dependente químico, que morre de overdose pelas ruas, para ela representar este papel é uma responsabilidade muito grande. “Sem falar nada, só com expressões, gestos e a narração do meu companheiro de cena, consigo entregar uma grande mensagem para a vida deles”, afirmou a atriz.

Pablo Melo, aluno de enfermagem na UNAMA, Universidade da Amazônia, conta que o motivo de entrar no Amor que move as ruas foi sair do conforto da igreja. Para ele, a religião vive um comodismo, as pessoas estão acostumadas com a mensagem de irmão para irmão. “O ide do Senhor é para quem está fora da igreja, para os fracos, para quem está a mercê do mundo das drogas e da prostituição. O conforto da igreja nos tirou de dentro dela”, declarou.

O Universitário conta que praticar esta ação, lhe faz ver o mundo de uma maneira diferente. “Enxergamos eles de outro jeito, não temos medo deles, passamos a entender por que eles estão aqui e como chegaram aqui. Isso não influência só a minha vida, mas na  vida de muitas pessoas que já vieram aqui e ficaram impactadas”, afirmou.  Pablo ainda conta que em dois anos, o que mais marcou sua vida no projeto foi a conversão de três pessoas á Deus, para ele esta é a prova de o trabalho está sendo feito da maneira correta, mas acredita que muita coisa ainda precisa ser feita e melhorada.

Os grupos de mensagens instãntanes, no whatsapp, são o principal meio para arrecadar os materiais da sopa, Pablo conta que é só postar a lista no grupo e assim cada um vai se responsabilizando por um material, e de “grão em grão” , conseguem todos os ingrentes que serão levados a irmã Mônica, evangélica, ela sempre se disponibiliza para preparar a sopa.

Outros projetos da equipe

No Hospital Ophir Loyola, o grupo visita os pacientes,  conversam com eles, cantam músicas que falam do amor de Deus e levam mensagens de evangelização. Os voluntários também se mobilizam para doação de sangue e em datas especiais como Natal e dia das crianças, a equipe vai até comunidades ribeirinhas, onde leva recreação e brinquedos para as crianças, palestras para as mães, cestas básicas, bíblias e livros. No dia 14 de outubro, será realizada a ação de dia das crianças em Acará, no interior do Pará, os voluintários precisam de 50 cestas básicas, roupas, lençóis, brinquedos novos e usado e kits de higiene bocal, toda ajuda será bem vinda. Você pode conhecer mais do trabalho da equipe nas redes sociais. Os vídeos das encenações de rua do Teatro Águia, estão disponíveis no http://www.youtube.com/TeatroÁguia e http://teatroaguia.blogspot.com/
Pablo Melo, a direita

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